Olá meus irmãos, continuando essa história do Sol Nascente que eu posso chamar de a história de uma COMUNIDADE UNIDA COM JESUS E MARIA PELOS NECESSITADOS, eu quero lhes contar mais umas histórias que eu vivenciei trabalhando como voluntário no projeto Sol Nascente, aconteceu que nós fomos como de costume fazer a distribuição de marmitas para os moradores de rua e chegamos no estacionamento do prédio de um antigo mercado da cidade, era uma noite de inverno em Foz por tanto estava muito frio, nós costumamos dizer que Foz é quente de mais, mas também faz muito frio aqui e estava no começo do inverno e nós não estávamos preparados para aquela situação, por que nós somente tínhamos levado marmitas para os sem tetos matarem a fome, mas quando descemos para ver se alguém queria comida, fomos surpreendidos pelos pedidos das pessoas que logo perguntaram, vocês tem cobertores estamos com muito frio, nós respondemos não nós temos apenas marmitas, mesmo assim eles disseram quando vocês retornarem aqui por favor traz cobertores se possível e nos agradeceram as marmitas, porém enquanto entregávamos as marmitas vimos um senhor deitado no piso bruto e gelado tremendo de frio, ele aparentava ter uns sessenta anos de idade ou mais o homem parecia estar congelando, encolhido e tremendo de frio, todos ficamos tristes e ao mesmo tempo chocados com aquela sena e por não ter um cobertor sequer, a esposa do meu irmão retirou a toalha de mesa que cobria as marmitas e deu para o homem, uma intercessora que nos acompanhava não pensou duas vezes, arrancou sua blusa e a deu para aquele homem, foi um gesto generoso de muito amor que elas fizeram, mas mesmo assim ficou uma sensação de que poderíamos ter feito mais, não somente para ele mas também pelas outras pessoas que estavam com uma manta apenas para um frio tão intenso, depois desse episódio nós arrecadamos cobertores e distribuímos para os moradores de rua.
Para ver o quanto nós temos e somos agraciados por Deus é só começarmos a olhar com um olhar de compaixão, de amor ao irmão para logo nós percebermos que temos tanta graça do senhor que só um pouquinho de nós se torna muitas bênçãos ou muita graça de Deus na vida do irmão, eu vou te dar mais um exemplo, todas as vezes que entregamos marmitas encontramos pessoas que nos deixam sem palavras, sem ação, em um outro dia nós fomos até a frente de um antigo banco, eu e meu irmão fomos na frente verificar se era seguro, por que o local estava escuro e nós sabemos que mesmo fazendo um trabalho social tem os seus riscos, logo que chegamos já avistamos três pessoas deitadas em cima de papelões, nos apresentamos e perguntamos se queriam uma marmita, foi neste momento que uma mulher grávida de aproximadamente oito meses se virou e disse com uma voz fraca, o menino eu quero sim por que eu não comi nada o dia inteiro hoje, então fomos até o carro pegamos as marmitas e um copo de suco para cada um, eles nos agradeceram nos despedimos e fomos em bora, até hoje eu penso no sofrimento daquela mulher que estava grávida, sem casa e sem comida para alimentar o bebe em seu ventre que com certeza estava sofrendo com a fome da mãe, são coisas pequenas assim que fazem a diferença no mundo em que vivemos, eu sei que naquela noite aquela senhora grávida não dormiu no chão frio com fome.
Eu sei que parece algo normal, mas eu te digo que não é normal ver pessoas passando fome em um país que se vangloria por bater recordes de produção de grãos, campeão de carne bovina no mundo, eu te digo que isso é muito triste para todos nós brasileiro, essa realidade só mostra como nós brasileiros somos também campeões no egoísmo, na ganância, no individualismo e na hipocrisia, de um povo que se diz ser de maioria de fé cristã é um absurdo ver isso por que Deus não é assim, Jesus não é assim, Jesus repartiu cinco pães e dois peixinhos e alimentou cinco mil e sobrou apenas para que aprendamos a partilhar, mas nós tendo milhões de sacos de grãos somos egoístas de mais para repartir um pouquinho com aqueles que não tem nada em um país tão abençoado que Deus nos deu, muitas vezes mandamos embora os nossos próprios familiares por que não aceitamos repartir o que temos em família e irmãos de verdade, falando nesse egoísmo entre nós, isso me fez relembrar de mais um relato dentre tantas histórias de pessoas que acabamos conhecendo realizando esse trabalho, isso por que todas as vezes que distribuímos as marmitas sempre procuramos conversar com as pessoas para conhecer as suas histórias, para que possível podermos ajudá-las, em uma dessas ocasiões nós acabamos conhecendo um jovem casal que nos deixou curiosos para saber o por que eles estavam ali deitados naquela calçada porque pareciam estarem bem cuidados e eles nos contaram que não eram usuários de drogas, mas que estavam ali por que o padrasto da jovem era o dono da casa onde eles moravam brigou com eles e os expulsou de casa, deixando assim o jovem casal morando na rua sem dinheiro, com apenas as roupas do corpo, sem perspectiva de futuro, nem de como fariam para sobreviver sem trabalho, sem casa, sem comida, orientamos eles a buscarem ajuda nos órgãos de assistência da Prefeitura e entregamos as marmitas e fomos embora, mesmo assim não dá para simplesmente esquecer eu me lembrei disso e me dói a impotência de não poder ajudar mais, pois sei que sãos injustiças como essas que acabam levando as pessoas ainda jovens para as drogas e para as ruas, são injustiças cometidas com os mais pequeninos e a falta de amor entre as pessoas que transpassa o coração do nosso senhor Jesus Cristo, mas se você perguntar o que mudou para eles, eu te digo que nós fizemos o que a história do pequenino pássaro pode fazer para apagar o fogo do sofrimento alheio, da injustiça, do descaso, da indiferença, feito isso agora eu descrevo para que você leia meu grande irmão e lendo desperte em você o amor ó grande elefante e a história da misericórdia e a caridade do nosso senhor Jesus Cristo seja a água que refresca a dor que queima na alma do irmão que sofre.
Eu creio em Deus que é pai, no seu filho Jesus Cristo e no Espírito Santo.
E você crê em Deus?